Querido diário imaginário, ou não. #3


Outro dia escrevi uma palavra que não existe.
Perceba que eu não errei, eu inventei.
É diferente.
É uma boa desculpa, mas não sei se funciona no Enem.
O primeiro texto do diário, chamei ele de imaginário, mas no segundo, achei que isso não era bem verdade, e resolvi chamá-lo de inimaginário, porque na verdade, nunca me imaginei escrevendo num diário.
A ideia foi meio clichê, mas no fim não achei tão ruim.
A grafia correta seria "inimaginável".
Mas achei que tinha espaço naquela "lei" da licença poética e resolvi deixar assim, como se tivesse inventado.
É engraçado quando a gente inventa uma coisa, fica todo orgulhoso, começa a achar que devia patentear a ideia, ganhar um prêmio: "Nossa que gênio, como ninguém nunca pensou nisso antes"
30 segundos depois, dá um Google, e scataplaft!, alguém já tinha pensado nisso. "Muitos alguéns" por sinal.
Acontece bastante seguido comigo, tenho que confessar. Mas como disse, não erro, eu invento.
Esses dias escrevendo uma mensagem de aniversário para um amigo que trabalha com um literatura, resolvi "criar" uma expressão dessas que ninguém havia pensado antes.
Desejei a ele felicidades, etc, etc, etc… e também "ideias onomatopédicas". Já que ele trabalha com letras, achei que ia ser legal a brincadeira. Derivei de "onomatopeia" que são aquelas palavrinhas do tipo: puf! bum! plim! créc! Tic-Tac, blumpt! pá! cri-cri-cri, vrum, ATCHIM, din-dom!
Enfim, logo em seguida, encontrei um grande quantidade de "outros gênios" da literatura como eu, que já haviam escrito "onomatopédicas" fazia bastante tempo.
Aliás, a palavra existe, mas não escreve assim.
Se não estou enganado, a grafia correta é "onomatopaicas". 
Bem sem graça, mas alguém que estudou, escreveu e viveu mais tempo que eu decidiu que era melhor assim.
Faz parte.
Mas prefiro as minhas.

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